Arte de Toninho de Souza |
O Centenário da Capital Brasileira
Estava aqui a pensar: Daqui a 40 anos?
Brasília como será? E aqui, não vou estar...
Porém, tenho um sonho e uma grande certeza
Que é de minha nobre e fiel natureza
A minha contribuição de artista vou deixar
Se não me falha a velha e fiel memória
Eu não nasci aqui e vi Brasília nascer
A terceira Capital desta nossa história
Brotou de um cerrado para todos viver
Com igualdade, respeitando a diversidade
Mas a equidade, não aconteceu como queria
Brasília virou um centro e regiões na periferia
Que não são bairros e não tem autonomia
Cidades administrativas distantes da Capital
Com falhas gritantes na gestão governamental
Por isto eu tenho sonhos para mudar este perfil
Para daqui a 40 anos na Capital do Brasil
Se tornar um paraíso social, de igualdade
E assim, justificar no real o título desta cidade
Como Patrimônio Cultural da Humanidade
Como eu sou artista e também um escritor
A imagem dos meus sonhos para a cidade...
Vou desenhar escrevendo, para você curador
Minha trajetória na cidade não posso negar
Caso eu escolhesse uma arte, seria pintar
Seria um quadrilátero parecendo um pomar
Para moradores e turistas desfrutarem ao léu
Com a beleza fluindo do amarelo e rosa dos ipês
Com regiões com metrô supersônico para vocês
Com espaçonaves e jatos individuais no céu
Como estamos em uma pandemia mundial
Daqui a 40 anos teríamos em cada cidade
Não uma UPA mas um Mega Hospital avançado
E na sua escola durante o dia o curso fundamental
E no período noturno nível superior com doutorado
E assim, as Escolas públicas da Capital Brasileira
Todas com internet e wife para uso escolar
A segurança da cidade com inteligência artificial
Supermercados com drones para entregar a feira
E todos os carros elétricos movidos a bateria solar
Cidades administrativas com Centros Culturais
Para fluir o turismo nacional e internacional
Dezenas de esculturas nas BR Distritais
Como uma metrópole futurista valorizando
Educação e cultura com igualdade social
Um sonho que mudaria a cultura local
A Cultura ter verbas para um coletivo anual
Para não parar o fluxo cultural individual
Quem não consegue aprovar apoio no FAC
E fica até 10 anos sem apoio governamental
Mas para isto virar sonho e acontecer já
A verba do FAC tem que descentralizar
Gerentes de Cultura voltarem a ser Diretores
E o Conselho de Cultura da cidade atuar
Com igualdade, diversidade e equidade
Posso até estar errado e quero aqui sonhar
Cada balão das cidades uma escultura ganhar
Um Museu de Arte nas regiões administrativas
Que absorvam artistas de todas as regiões
Para o intercâmbio cultural regional rolar
Aí você me pergunta sobre o Centro Cultural
Qual seria sua função na periferia da Capital
Já que sonha em museus sem rastro cultural
Aí entra a formação plena para potencializar
o ser humano na capacidade intelectual
Imagino um Centro Cultural que abrange
Todas as categorias culturais das Artes Visuais
Das Artes Cênicas, Literatura, Música e Dança
Cinema e Vídeo, Arte Popular e muito mais
Será que em 2060 o jovem de hoje alcança?
Parece até hipocrisia o sonho de um artista
Que circulou o mundo em busca cultural
E voltou para seu pais de forma triunfal
Mas, carregando na mente o atraso nacional
De seu pais subdesenvolvido dessa etnia tropical
Mas, sei que isto foi passado e não pode prosperar
O homem vive de sonhos para tudo se realizar
Aqui não é uma utopia para o sonho acontecer
Para os sonhos virarem realidade eu preciso de você
Com vontade política e competência para executar
JK sonhou “50 anos em 5” e Brasília aconteceu...
60 anos depois, pioneiros e muita gente nasceu...
40 anos para frente o Centenário é uma real certeza
Quem será o gestor público que fará outra proeza?
De realizar todos os sonhos que atenderão o Edital?
Toninho de Souza, Artista Visual e Escritor. 21/03/2021
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